quarta-feira, 30 de abril de 2008

antes que o assunto morra...

A terra tremeu e eu senti. Mas achei que a culpa do balanço da mesa do computador era toda do gato, que adora se enfiar perto da CPU porque lá é quentinho.

Sempre quis saber como era passar por um terremoto. Não é que eu goste de tragédias ou algo assim. É só que quando eu era pequena e ainda morava em Maringá aconteceu algo parecido. No instante do tremor eu estava na aula, longe de casa e não senti nada.

A idéia da terra tremer não me agrada, afinal gosto de estabilidade, mas uma chacoalhada na vida às vezes é bom.

O lance é que me decepcionei. Deus sabe bem que nem to afim de virar sem-teto ou algo parecido, mas crescer em um país onde não temos desastres naturais faz com que certas coisas passem pela gente batido, como foi meu primeiro terremoto.

Depois de ter achado que o gato tinha causado o balanço no computador e ver que no final ele não estava lá, desencanei, achei que era coisa da minha cabeça. Aí a Maria apareceu, doentinha que estava, também achando que estava ficando doida porque sentiu o sofá mexer com ela deitada em cima. Depois de vermos que ambas tinhamos sentido um sacolejo, concluímos que só podia ser uma coisa: assombração.

E não fomos as únicas a chegar à essa idéia. Minha tia e a irmã dela também pensaram que era algo do outro mundo acontecendo. As duas moram no mesmo prédio de frente para o mar em Santos e sentiram o mundo tremer, vendo o lustre balançar.

E o que podemos concluir com isso é que crescemos em um país sem desastres naturais, mas com uma imaginação muito grande, principalmente quando se trata de seres fantásticos e coisas do além. E em situações diferentes recorremos ao que nos é mais familiar.

Terremoto que nada, isto é coisa do psico.

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