quarta-feira, 30 de abril de 2008

antes que o assunto morra...

A terra tremeu e eu senti. Mas achei que a culpa do balanço da mesa do computador era toda do gato, que adora se enfiar perto da CPU porque lá é quentinho.

Sempre quis saber como era passar por um terremoto. Não é que eu goste de tragédias ou algo assim. É só que quando eu era pequena e ainda morava em Maringá aconteceu algo parecido. No instante do tremor eu estava na aula, longe de casa e não senti nada.

A idéia da terra tremer não me agrada, afinal gosto de estabilidade, mas uma chacoalhada na vida às vezes é bom.

O lance é que me decepcionei. Deus sabe bem que nem to afim de virar sem-teto ou algo parecido, mas crescer em um país onde não temos desastres naturais faz com que certas coisas passem pela gente batido, como foi meu primeiro terremoto.

Depois de ter achado que o gato tinha causado o balanço no computador e ver que no final ele não estava lá, desencanei, achei que era coisa da minha cabeça. Aí a Maria apareceu, doentinha que estava, também achando que estava ficando doida porque sentiu o sofá mexer com ela deitada em cima. Depois de vermos que ambas tinhamos sentido um sacolejo, concluímos que só podia ser uma coisa: assombração.

E não fomos as únicas a chegar à essa idéia. Minha tia e a irmã dela também pensaram que era algo do outro mundo acontecendo. As duas moram no mesmo prédio de frente para o mar em Santos e sentiram o mundo tremer, vendo o lustre balançar.

E o que podemos concluir com isso é que crescemos em um país sem desastres naturais, mas com uma imaginação muito grande, principalmente quando se trata de seres fantásticos e coisas do além. E em situações diferentes recorremos ao que nos é mais familiar.

Terremoto que nada, isto é coisa do psico.

domingo, 27 de abril de 2008

23 anos...

Ele não ganhou um "nome" como a Maria, mas tem mil apelidos que não posso colocar aqui senão ele me mata.


Não tenho lembrança de minha vida sem ele, já que quando nasceu eu tinha um ano e dez meses e minhas primeiras lembranças de vida são a partir dos dois anos. Minha mãe conta que no início eu tive um pouco de ciúmes, afinal eu era a caçula dos dois lados da família e o centro das atenções. Aí meus pais aparecem um dia com um pacote azul todo fofo que acaba com a minha festa. Eles me prepararam durante a gravidez, mas nada eu não esperava que minha vida fosse mudar tanto. Reinei durante algum tempo em absoluto, mas ele chegou para me destronar.

Com cabelos em pé (típico de bebê japonês), bochechas cheinhas e jeito de boneco gordinho, ele conquistou todo mundo e eu acabei caindo no charme também.
A partir do momento em que ele ficou de pé, aprendeu a escalar as estantes de vime da minha mãe, depois vieram os batentes das portas e assim por diante.

Crescemos entre brincadeiras saudáveis e de mão. Diariamente trocávamos tapas e às vezes pegamos pesado. Não é algo que me orgulho, mas é coisa de irmão, acontece. E ao mesmo tempo em que nos estapeávamos, éramos os maiores defensores um do outro. Só eu podia bater e brigar com ele e ele comigo. Nossas brigas eram como uma válvula de escape e aprendemos a lidar com isso de uma forma interessante.

Todo dia após sermos pegos na escola, íamos com meu pai de carro até a padaria para comprar pãezinhos e se déssemos sorte, ganhávamos um chocolate areado. A gente ficava no carro e era uma tradição brigar para ver quem ia sentado no banco da frente. Quem ficava atrás sempre provocava o outro até rolar uns tabefes, mas tudo era muito controlado e acabava antes do nosso pai sair da padaria. Já que nós dois combinavamos silêncio, porque após essa sessão de "carinhos violentos" não precisávamos de bronca dos pais, né?

Lendo isso até parece que nos odiávamos. Mas também tínhamos nossos bons momentos, que eram a maior parte do tempo. Como quando tínhamos três e cinco anos e ainda tomávamos banho juntos e em casa rolava uma banheira. Lá a gente fingia que conversava em inglês e falava coisas inexistentes enrolando a língua. Ou quando já morávamos em Maringá e chegavam as revistas da Turma da Mônica e a gente passava horas quietinhos, lendo no quarto.

Não sei dizer quando, nem onde nossa relação mudou. De irmãos briguentos passamos a confidentes. Na verdade, acho que isso sempre esteve presente, só faltava maturidade para deixar as diferenças de lado. De fato, somos muito diferentes, mas ele é uma das poucas pessoas no mundo que me agüenta, me entende e me tira do sério de verdade.

Ele é carinhoso, brincalhão, cavalheiro, sensível, amigo e mais mil coisas, onde 99% delas são boas e como ninguém é perfeito, mesmo ele achando que é, tem 1% de defeitos.

Hoje ele faz aniversário e desejo tudo de muito bom, porque mesmo sendo bobo, joselito, “modesto”, pentelho ele é uma pessoa maravilhosa...


Dani, Feliz Aniversário!




sozinho, folga

comigo, caras e bocas

com a cau, irmandade

com willycat, carinho

sexta-feira, 25 de abril de 2008

coisas que aprendemos na escola

Quando eu estava na escola, entre meus sete e dez anos aprendi diversas coisas (claro!). Nessa época praticamente tudo o que aprendemos usamos para a vida, já que é o ensino fundamental, ou pelo menos é nisso que escolhi acreditar.

Mas até hoje me pego pensando em algumas dessas coisas que me foram ensinadas. Ainda não entendi porque exatamente aprendi a FAZER cruzadinhas. Quando digo fazer, não me refiro ao responder, e sim montar. Um belo dia a Tia Lúcia me aparece com uma cruzadinha da Turma da Mônica na sala e copia uma das páginas no quadro. Copiamos cada quadradinho e desenho e depois resolvemos. De lição de casa temos que inventar nossa própria cruzadinha, para que no dia seguinte um colega resolva...

E na terceira série passamos meio dia aprendendo como se preenche um cheque. Por que cargas d'água temos que aprender aos 10 anos de idade como se faz um cheque? Nem mesada eu recebia ainda. Assim como as cruzadinhas, a lição de casa foi fazer seu próprio talão. Na sala brincávamos de compras e eu concordo, ainda mais em uma época onde a inflação comia solta, que as crianças devem entender o valor do dinheiro. Mas cheques?

Nunca reclamei disso, e não irei reclamar agora. Porque para mim essas atividades inusitadas eram uma diversão. Passei horas montando cruzadinhas e fazendo meu próprio talão de cheques, que podia conter todos os carimbinhos bonitos do mundo. Mas o porque eu ainda não entendi.

Afinal de contas, quando se cresce as cruzadas se tornam bem mais complexas, sem desenhinhos na frente e tal. E elas vêem semanalmente na Caras, diariamente nos jornais ou podem ser adiquiridas em qualquer banca de jornais.

Fico pensando sem algum dos meus colegas se tornou criador de cruzadinhas por conta dessa aula ou virou designer de cheques para algum banco.

Ai ai... cada coisa que nos ensinam.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

vacas magras

Sem tempo, inspiração, tempo, paciência, tempo... então, mais música!







GREEN DAY
"When I Come Around"

I heard you crying loud
all the way across town
You've been searching for that someone
and it's me out on the prowl
As you sit around feeling sorry for yourself
Well Don't get lonely now
And Dry your whining eyes
I'm just roaming for the moment
Sleazin' my back yard so don't get so uptight
you been thinking about ditching me

No time to search the world around
Cause you know where I'll be found
When I come around

I heard it all before
So don't knock down my door
I'm a loser and a user so I don't need no accuser
to try and slag me down because I know you're right
So go do what you like
Make sure you do it wise
You may find out that your selfdoubt means nothing
was ever there

You can't go forcing something if it's just
not right

No time to search the world around
Cause you know where I'll be found
When I come around

No time to search the world around
Cause you know where I'll be found
When I come around

When I come around (x3)

terça-feira, 22 de abril de 2008

on a strike




Foo Fighters
"My Hero"

Too alarming now to talk about
Take your pictures down and shake it out
Truth or consequence, say it aloud
Use that evidence, race it around

There goes my hero
Watch him as he goes
There goes my hero
Hes ordinary

Dont the best of them bleed it out
While the rest of them peter out
Truth or consequence, say it aloud
Use that evidence, race it around

There goes my hero
Watch him as he goes
There goes my hero
Hes ordinary

Kudos my hero leaving all the best
You know my hero, the one thats on

There goes my hero
Watch him as he goes
There goes my hero
Hes ordinary

sexta-feira, 18 de abril de 2008

como música para meus ouvidos

Enquanto não me sobra tempo para postar coisas de verdade e dividir com todo mundo, músicas que fazem parte do meu dia-a-dia.



Faith No More
"From Out of Nowhere"

Tossed into my mind, stirring the calm
You splash me with beauty and pull me down
Cause' you come from out of nowhere
My glance turns to a stare

Obsession rules me-I'm yours from the start
I know you see me-Our eyes interlock
Cause' you come from out of nowhere
My glance turns to a stare

One minute here and one minute there
Don't know if I'll laugh or cry
One minute here and one minute there
And then you wave good-bye...

Sifting to the bottom, every day for two
All energy funnels, all becomes you
Cause' you come from out of nowhere
My glance turns to a stare

One minute here and one minute there
Don't know if I'll laugh or cry
One minute here and one minute there
And it hurts inside
One minute here and one minute there
And then you wave good-bye...
(*whisper* good-bye)


quinta-feira, 17 de abril de 2008

a love song



Sara Bareilles - "Love Song"

Head under water
And they tell me to breathe easy for a while
Breathing gets harder, even I know that
Made room for me but it's too soon to see
If I'm happy in your hands
I'm unusually hard to hold on to

Blank stares at blank pages
No easy way to say this
You mean well, but you make this hard on me

I'm not gonna write you a love song
'Cause you asked for it
'Cause you need one, you see
I'm not gonna write you a love song
'Cause you tell me it's
Make or breaking this
If you're on your way
I'm not gonna write you to stay
If all you have is leaving I'm gonna need a better
Reason to write you a love song today


I learned the hard way
That they all say things you want to hear
And my heavy heart sinks deep down under you and
Your twisted words,
Your help just hurts
You are not what I thought you were
Hello to high and dry

Convinced me to please you
Made me think that I need this too
I'm trying to let you hear me as I am

Chorus

Promise me that you'll leave the light on
To help me see with daylight, my guide, gone
'Cause I believe there's a way you can love me
Because I say
I won't write you a love song
'Cause you asked for it
'Cause you need one, you see

I'm not gonna write you a love song
'Cause you tell me it's make or breaking this

Is that why you wanted a love song
'Cause you asked for it
'Cause you need one, you see
I'm not gonna write you a love song
'Cause you tell me it's make or breaking this
If you're on your way
I'm not gonna write you to stay
If your heart is nowhere in it
I don't want it for a minute
Babe, I'll walk the seven seas when I believe that
There's a reason to
Write you a love song today

quarta-feira, 16 de abril de 2008

bryan adams: clipes


em homenagem ao amanhã... ou melhor ao hoje






Bryan Adams - "Heaven"




Bryan Adams - "Have You Ever Really Loved A Woman"
(Trilha Sonora de Don Juan DeMarco, 1996)





Bryan Adams - "When You're Gone" feat. Mel C




Bryan Adams - "(Everything I Do) I Do It For You"
(Trilha Sonora de Robin Hood - O Príncipe dos Ladrões, 1991)

quinta-feira, 10 de abril de 2008

ANIVERSÁRIO !!!


Hoje completa um ano que este blog foi aberto. Um ano de funcionamento, onde tentei ao máximo deixar as coisas o mais atualizadas possível, mesmo passando boa parte desse tempo sem ter como postar fora do horário comercial (não ter um computador que funciona em casa é uma tristeza).

Deveria ser dia de festa, com muita alegria e animação, mas a quantidade de trabalho e coisas a se fazer é imensa, o que fez com que os planos de uma comemoração simbólica fossem por água a baixo...

Mas tudo bem, porque mesmo eu calculando as horas, esticando meu tempo ao máximo e descobrindo que para fazer tudo o que eu preciso e quero meus dias deveriam ter mais algumas horas, estando rouca e cansada eu consigo ver a luz no fim do túnel.

Nem sei de onde surgiu tanta esperança, talvez seja do fato de que consegui bravamente e com a companhia de algumas pessoas me divertir muito fazendo esse blog. Ver ele completar um ano é uma felicidade muito grande, afinal de contas, eu luto contra, mas reconheço o pavor que tenho de "compromissos". Liberdade sempre foi algo de extrema importância em minha vida, e ver que o blog seria mais uma forma de eu ser livre - escrevendo o que eu bem entendo ao contrário de levar a frente como uma obrigação - foi uma realização.

Até eu duvidava que isso daria certo, mas deu... e espero que continue dando.

Homenagem:

Querido blog,
hoje você completa um ano de vida e estou muito contente por ver isso acontecer. Me sinto infeliz quando não tenho tempo para te encher de coisas novas, não porque acho feio blog desatualizado, mas porque de um jeito ou de outro você é minha extensão. É minha consciência fora de mim. É tão triste deixar minhas idéias aqui abandonadas...
Mas tenho que admitir que estou me sentindo muito bem em saber que estou conseguindo lhe alimentar com uma certa freqüência. Os blogs anteriores morreram de desnutrição e me alegro em ver que pelo menos uma vez consegui, me propus um desafio e tenho me saído muito bem.
Lhe desejo longa vida...

Mihuda



Agradecimentos:

Agradeço à todos que me incentivaram a deixar a preguiça de lado e enfrentar isso. Parece bobo, afinal blog qualquer um tem, mas acho que com passos pequenos que chegamos aonde realmente queremos. E isso que esse blog tem sido para mim... um pequeno passo a cada post, que se tornaram uma caminhada. Cheguei aqui, um ano mais tarde, feliz por saber que tem pessoas ai do outro lado do computador que lêem isso tudo (comentando ou não). E sentir isso só faz com que eu tenha ainda mais vontade de fazer durar mais.

beijos à todos



Paula

quarta-feira, 9 de abril de 2008

diariamente

Não sei se sou eu ficando velha, o trabalho que parece acumular com mais rapídez que eu desejaria, mas 24 horas não é suficiente para os meus dias.

Pense comigo:
Dessas 24h, supõe-se que deveríamos dormir em média de 8 horas para acordarmos bem dispostos e relaxados. Depois disso, nos restam 16 horas, que gasto a metade no trabalho.

Das iniciais 24h me sobram apenas 8, onde tenho que encaixar tarefas como ir e voltar do trabalho (uma hora de caminhada no total), tomar banho (15min), comer (1h - somando almoço e janta), ver Friends (30min)...

No final do dia, tenho livres apenas 5h15min para fazer coisas diversas que aparecem como: arrumar o quarto, escrever uma carta, assistir um jogo de futebol, pintar as unhas, ver um filme, ouvir música, navegar na internet (por prazer), falar ao telefone, tirar fotos, escrever no blog, conversar com pessoas diversas, sonhar acordada, olhar a lua, organizar a minha vida...

Gosto de dinamismo, mas pra dar conta de tudo isso sem cansar acho que iria precisar de uns dois clones meus. Tenho andado tão atrasada para tudo na vida que me sinto como ele...



Imagem tirada da internet

quarta-feira, 2 de abril de 2008

mão na "massa"

A promessa de que não farei tudo sozinha é o que me mantém seguindo, firme e forte. O problema maior está quando o bom humor some e a realidade mostra sua cara feia, fazendo com que a minha esperança vá por ralo abaixo. E nessa me dou mal de vez, porque era ela, a esperança, que estava me dando forças para aguentar um novo dia.

Desculpem o desabafo, mas é que a maratona começou. Além do final de semana não ter sido o que eu chamo de relaxante, a semana está se mostrando corrida e será seguida por trabalhos, não só neste como no outro fim de semana também. Isto é, eu só irei voltar a ser uma pessoa novamente daqui uns 20 dias.

Contar nos dedos até deprime.
Credo!

Mas vamos falar de aventuras, ou quase isso. Domingo foi um dia inusitado, onde aprendi um pouco sobre instalação de espelhos. Descobri que se você acha suportes de espelho são feios, tem a opção de colar diretamente na parede. Como acho tarefas ligadas a design e decoração muito divertidas e amo esse lance de DO IT YOURSELF (total terapia ocupacional) agora vou explicar passo a passo desse processo:

Material:

- Espelho de sua preferência

- Manta (aquela coisa que colocam em baixo do carpete de madeira quando instalam, sabe?), cola (própria para esse procedimento) e pincel

- Tenha em mãos objetos cortantes (tesoura e/ou estilete) e jornal para não respingar cola no chão

- Seja uma pessoa precavida e também use um par de luvas (porque essa cola é chata de limpar) e uma máscara porque o cheiro é forte e pode dar dor de cabeça



Instalação:

Corte a manta, lembrando que após a cola aplicada a manta parece aumentar de tamanho, por isso é legal cortar um pouco menor do que o espelho

Use o pincel para espalhar cola na parte de tras do espelho e em um dos lados da manta

Espere entre 10 à 15 minutos e una os dois

Marque o espaço na parede onde você quer que o espelho fique

Passe a cola na manta colada no espelho e depois na marcação feita na parede

Espere novamente de 10 à 15 minutos e com MUITO CUIDADO posicione o espelho no local, (obs:lembrando que não há segunda chance, então faça isso com o máximo de atenção e tente não espirrar na hora)

pronto, você tem um espelho colado na parede!


Hey, já pode soltar... ele gruda no ato!!!

Tá bom, se quiser ficar aí segurando mais um pouco só por desencargo de consciência, tudo bem...



Na parede há 3 dias